25 janeiro, 2011

the last one

Apareceste-me  à frente. TU. Atravessaste o meu caminho, e nem assim uma pontinha de desejo. Porque aquele não era o meu TU. Porque eu não conhecia aquela pessoa. Porque no fundo percebi que não era fruto do destino mas sim fruto de todos os horários escolares começarem às 8 da manhã.
Lembraste quando antes até as tuas coisas mais simples me faziam ficar extasiada?
Uma palavra no mensseger, uma frase por mensagem, um sorriso, um olhar. Bastava o mínimo gesto teu para o meu mundo parecer mais completo. Ver-te era o que mais me fazia sorrir, e acredito que essa felicidade era tão incomparável como inexplicável. E apesar de há tanto tempo te querer voltar a ver, quando isso aconteceu, simplesmente não senti nada. Nada surgiu, nem mesmo as habituais borboletas na barriga. E ontem, mais uma vez vieste falar e nada. Senti-me bem por poder falar contigo como há muito não falávamos, mas apenas isso. Não senti felicidade por estares 'ali' e tal, apenas por saber que conseguimos falar como dois 'velhos amigos'. E no fim, ao despedir-me percebi. Passei 2 anos a tentar que isto acontecesse, e quando parei de tentar, aconteceu sem eu dar conta. Já não te amo. Não amo a pessoa que és. Não amo aquilo em que te tornaste. Amo sim, as memórias que ficaram do que foste e do que fomos, e isso sei que amarei praticamente para sempre. Vendo bem, quando diziam que tu não eras o melhor para mim, estavam todos certos menos eu. Odeio dizer isto mas, eu sou muito mais sem ti e sem as tuas constantes controvérsias.
E agora? Agora sim.
Agora que já sei que não me guardas rancor e que me perdoaste (que irónico não é?). Agora que já te agradeci por ter sido tudo exatamente assim. Agora, depois de tudo isto, já sinto que posso partir. Posso fechar esta porta à chave, deitar a chave fora e nunca mais voltar. Já não preciso de ficar eternamente na estação. Posso apanhar o próximo comboio sem olhar para trás. Já não preciso de me prender. Posso avançar sem te pedir permissão e sem sentir remorços. Agora já posso ser feliz. Bem mais, longe de ti.
Obrigado g.
(só tu para teres paciencia para mim e só eu para ter paciencia para te aturar)