Tu és calmo. Sempre o foste e isso nunca leva estragos para o teu lado. Eu sou explosiva. Expludo e se isso trouxer estragos, eu própria os aguento. Tu és o relax em pessoa. Nada te afecta em demasia e tudo para ti está, ou acaba por ficar, bem. Eu sou inquietante. Deixo-me levar por tudo e não espero que tudo fique bem, espero sempre que tudo vá ficando mal ou pior. Não sou tão corajosa como pensas, e muito menos cheia de confianças como tu. E é isso que eu também amo em ti. A forma como confias em ti e em tudo o que fazes. A forma como permaneces tranquilo mesmo quando estás no meio de pressão ou stress. Amo olhar para ti quando tudo está de pernas para o ar, e ver esse teu ar calmo e descontraido, e acabo por encontrar nele um ponto de descanso para a minha ansiedade e inquietude. E gostava muito, de conseguir ser assim como tu, mas não consigo. Sou impaciente, e às vezes é essa impaciência que me faz andar sem norte nem sul, no meio de tudo perdida, e atirando pedras e pedregulhos a qualquer um que se aproxime. E talvez seja esse o motivo desta enorme bagunça em que estamos. E eu gostava de te dizer que posso ser diferente e perfeita e tal, mas se tu próprio não gostas de perfeições, imagina eu... E eu não vou mudar, ao invés disso, gostava que percebesses. É mais fácil fazer um esforço e perceber, do que tentar mudar algo que não é defeito mas sim feitio. E eu sei que consegues. Porque outra coisa que amo em ti, é a tua capacidade de te moldares a tudo e a todos, e de tornares qualquer ponto mau em ponto de qualidade. E acima de tudo, sei que fazes isso por mim sem sequer piscar os olhos.
